21 Desenformação

Versão 0.0.15 - 14/12/2025

Difícil saber se todas essas tendências continuarão tal como aqui esboçado, pois os cenários dependem de muitas dinâmicas. Mas o que tem sido imposto é um futuro desalentador nesta seara (des)informacional. Não podemos, contudo, encará-lo como já dado e inevitável. É importante considerar tanto os escapes quanto os restos que os sistemas coloniais não processam.

Talvez precisemos seguir por outros caminhos, começando por primeiro desinformar, ou melhor, desenformar e desformatar – no sentido de não ficarmos mais reféns dos conceitos majoritários vigentes de “Informação” – para em seguida re-informar, com um conceito de informação menos estreito e com uma maneira mais envolvente – que inclua as pessoas ao invés de alijá-las. Parafraseando Chico Science e Nação Zumbi, seria por dialética para “que eu me (des)informando possa (des)informar”, e que assim possamos praticar relações que sejam mais “do nosso jeito”, como diz TC Silva.

Para isso, apontarei algumas das possíveis alternativas, singelas sugestões ainda em concepção para escapar nos ciclos viciosos e viciantes da informação, assim como as brechas que se abrem a partir dessa própria dinâmica:

  1. Desconexão.
  2. Ruído.
  3. Perversão.
  4. Reconexão.

21.1 Desconexão

O que há de tão bom assim para uma pessoa estar o tempo todo conectada à “datasfera”?

Uma das maneiras mais simples de não padecer da sobrecarga informacional está na limitação do regime de atenção: expor-se a uma quantidade menor de informação, ter muita seletividade, recusar o excesso e focar no aqui-e-agora233.

Assim como a escolha pela conexão, a desconexão voluntária também pode ser entendida como um privilégio.

Mas hoje, a possibilidade de desconexão está se tornando “coisa de rico”. A pobreza hoje requer conexão contínua, para checar se a cidade está viável, se dá pra pegar o trem, se o médico confirmou a consulta, para acessar serviços públicos básicos etc.

Ricos, os ricos de fato, possuem camadas e camadas de equipes e sistemas para que possam desfrutar do tempo e do sossego sem serem importunados: alguém, ou algo, está cuidado dos negócios. Mas o alguém enquanto humano não é considerado confiável, e portanto há um esforço de substituir esse alguém por uma “IA”.

Aos pobres, por outro lado, as “IAs” serão – se já não o são – oferecidas como mais um equipamento para emular tempo livre: “olá, esta é a informação de hoje para você que considero relevante”.

Nesta lógica, ou dialética, da conexão contínua e da busca por desconexão, a “IA” acaba sendo oferecida como uma aparente solução, para ricos e pobres, com diferentes eficácias. O que acaba sendo paradoxal: essas “IAs” somente se perpetuam a partir da maximização do tempo online das pessoas.

Não se trata mais somente do custo da conexão – que em geral não é gratuita. A diferença agora também está em quanto tempo de desconexão alguém pode comprar, e isto não é um plano de dados pré ou pós-pago, mas uma série de serviços permitindo uma pessoa delegar sua vida online a outrem, a proxies – procuradores informacionais.

Numa perspectiva emancipatória, contudo, uma capacidade coletiva de desconexão pode ser obtida com organização social, com mais atividades comunais – seja a contação de histórias, o resumo de notícias, a manutenção de centros comunitários etc que também operem como máquinas informacionais de um outro tipo, viabilizadoras de lutas e caminhadas. E que até pode lidar com a situação de desconexão oposta à da voluntária, que é a censura imposta pela desconexão ou supressão que pode ser dificílimo de lidar individualmente, mas que no âmbito coletivo pode ser contornada. Em síntese: romper bolhas informacionais.

21.2 Ruído

O ruído, visto como algo a ser superado pela teoria shannoniana da informação, também pode ser compreendido como fonte de criatividade e inventividade234.

O ruído também informa, à sua própria maneira e ao contrário dos dispositivos que buscam eliminá-lo. Mas trata-se de um novo que não é intencional e nem sempre desejável, incerto a ponto da parcimônia recomendar sua redução ao máximo.

Aqui, um outro paradoxo da Informação e do Lixo/Ruído, e que já mencionamos algumas vezes: informações tendem facilmente a um ruído de segundo nível, quando ocorre a transmissão perfeita de mensagens-lixo, de mensagens sem valor, que chegam perfeitamente mas que prejudicam ou até danificam o receptor.

É necessário apenas um único bit para negar (ou reafirmar) todas as afirmações anteriores. Um bit indicando factualidade pode ser seguido por outro negando-a, e assim indefinidamente. “Agora sim, ops, agora não, ops agora sim outra vez…”.

O ruído é relativo, quase que permitindo uma esteganografia sem fim: o que ruído para uns, é informação para outros. O que primeiramente é ruído, posteriormente pode ser tornar padrão, estatística, tão logo assim for identificado. A diferença entre sinal e ruído parece estar somente na capacidade interpretativa: só é ruído quando não conseguimos ou não queremos interpretar; ou quando não nos serve.

Mas o ruído também pode ter muito padrão e mesmo assim não ser identificado: este é o caso da criptografia, e aqui há uma grande possibilidade de escape e até quebra das lógicas viciosas.

A lógica da datasfera colonial rechaça a criptografia sob controle popular. Embora empresas e governos usem criptografia intensamente, o fazem para proteger seus dados da concorrência – seja ela de outras empresas, de “criminosos” ou outros Estados. Elas não tem interesse em dados de “usuários” que elas não possam acessar de algum modo. Se os dados estiverem cifrados, ao menos exigem que os metadados estejam acessíveis, pois estes já são suficientes para análises estatísticas.

A criptografia forte de controle pessoal e coletivo pode aumentar a segurança, a privacidade e até fornecer níveis práticos satisfatórios de anonimato em diversas transmissões de dados, sendo uma importante fonte de ruído criativo imune de apropriação pela indigência artificial das “IAs”. Mas sem se furtar à constatação de que a criptografia é ambígua e também é usada pelas camarilhas do status quo. Conspirar é cifrar, para um lado ou outro.

21.3 Perversão

A perversão será aqui usada no sentido latino de deposição, derrocada, derrubada, subversão235, e que até pode incluir a inversão – seja de um único bit –, para causar mudanças de entendimento que nos ajudem a pensar noutras práticas.

A começar pelo que é Informação.

Dizem que “Informação é o que a informação faz”236. Mas o que a informação faz? A informação não faz nada: a informação é mais uma relação entre atores do que um ator. Como na crítica de Morin (2005) de que informação só fazer sentido quando existem sistemas que a interpretem.

Portanto, a Informação (não) é o que ela faz – digamos que trata-se de uma afirmação simultaneamente verdadeira e falsa, portanto não armazenável num bit clássico, mas compatível com a lógica do terceiro incluído.

A informação só se forma após um fato inesperado. Aquilo que já é conhecido já está informado, já está dado.

Este In- poderia ser compreendido não somente no acepção clássica de intensificação, mas também como negação:

  • Inesperado: aquilo que já é esperado é informação? Tem mensagem? E quando o conjunto de perguntas é indeterminado, e as respostas são abertas, admitindo respostas para além do sim ou não? Ignorância realmente se mede em bits? Se informação é sobre o inesperado, haveria ao menos dois níveis de inespera: aquela dentro de parâmetros de processamento, e que está dentro de uma faixa de expectativa; e aquela que foge dessas escalas, de algo inesperado que alguém nem sabia que existia, nem solicitou, mas que no entanto apreciou ter recebido ou rechaçou veementemente.

  • Inexprimível: o inefável237 é indizível shannonianamente (exemplo de mensagem irrelevante?). Indizível em qualquer aspecto, simplesmente por ser inefável.

  • Incontrolável: informação descontrola ao controlar. Descontrole é um caso do controle: um sistema A é descontrolado por outro sistema B quando perde sua capacidade de controle. Neste caso, o sistema B, através de controle, iniciou o processo de descontrole do sistema A.

  • Indigitalizável: a digitalização é como uma cama de Procrusto: só mede aquilo que nela cabe, descartando o resto.

A Informação está despedaçada. O números de bits de informação contido numa mensagem inesperada é indeterminado, porque nunca se saberá qual é o conjunto de todas as informações que poderiam chegar.

Nesse sentido, dividir a informação em “pedaços” (“bits”) não faz o menor sentido.

Mas daí para dizer que a teoria shannoniana da informação é inútil seria como jogar a água do barco naufragando junto com a tripulação.

É importante considerar que a teoria de Shannon-Weaver posui um escopo de aplicabilidade muito limitado. Ela trata de mensagens bem definidas e específicas, e que possam ser codificadas por um conjunto de símbolos pré-definido. A informação, no contexto shannoniano, está relacionada aos arranjos de símbolos específicos usados para codificar uma mensagem.

Se a mensagem já está codificada em algum sistema simbólico – como é o caso de qualquer linguagem –, a teoria shannoniana ajuda a encontrar o conjunto de símbolos que codifica a mensagem usando a menor quantidade de “pedaços” (“bits”).

Na maioria dos casos, ainda não há una “mensagem” – no sentido desta teoria – a ser codificada.

Se a “mensagem” ainda não está codificada, isto é, há “algo” no mundo que ainda não foi enunciado enquanto “mensagem”, a teoria shannoniama fornece uma base para tal enunciação, consistindo em atribuir símbolos a partir de medições dos fenômenos que se quer comunicar, num processo tipicamente chamado de “digitalização”238.

Bit, pedaço: menor unidade cognoscível numa concepção divisionista da realidade. Dividir para conquistar. O ápice do projeto atomista, de atomização e mercantilização. Nem a luz foi poupada de uma quantificação reducionista, assim como o espaço:

  • Pedaço, unidade de luz: fóton, apesar da dualidade onda-partícula.

  • Unidade de espaço: limite de Planck.

  • Unidade de tempo: será que o pensamento redutor também chegará a este ponto? Mesmo que não chega a uma partição fundamental de tempo, este já é medido e regulado de diversas outras maneiras, mas não parece ter chegado a um limite básico, ou estou mal-informado…

É preciso então uma unidade de desmedida: nit, nits: Not Information, Não-Informação, paradoxo, inconclusão. Composta pela recusa da metrificação desnecessária.

Isso toca na relação entre Informação e Linguagem, e na importância de adotar conceitos que contenham em si as mútuas afetações e vozes intermediárias nos discursos. Informação subentendendo uma formação mútua e que implique numa comunicação efetiva em várias camadas, considerando já de partida um círculo metalinguístico entre linguagem, informação e definição239:

[…] característica del concepto de información comunicacional humano, la univocidad, incita a von Weizsäcker a una reflexión sobre si el lenguaje puede reducirse a ella en el sentido del dictum de Ludwig Wittgenstein:

Todo lo que puede pensarse, puede pensarse claramente. Todo lo que puede expresarse, puede expresarse claramente.

Pero de acuerdo con von Weizsäcker, el intento de reducir el lenguaje a univocidad y por tanto a información presupone el uso del lenguaje natural no-unívoco. El concepto mismo de univocidad no puede evitar, cuando intentamos definirlo[…]: para poder definir proposiciones como verdaderas o unívocas precisamos un metalenguaje, el cual exige un metametalenguaje etc. Este círculo que es inevitable y tiene sentido,

es característico de todo pensamiento exacto. […] El hecho que se de lenguaje como información no debe olvidarlo nadie que hable sobre el lenguaje. El hecho que el lenguaje como información sólo es posible para nosotros en el trasfondo de un lenguaje que no esté transformado en información unívoca no debe olvidarlo nadie que hable sobre información. Qué es el lenguaje no está explicitado sino propuesto como pregunta desde una perspectiva determinada.

E, se na performatividade da informatividade, não quisermos ser “informativos”? No sentido econômico do termo. No sentido sucinto. No quesito objetividade. E se não quisermos ir logo ao assunto, ao ponto, comunicar somente o que julgamos necessário? E se quisermos poesia?

A matemática (shannoniana) da informação traria a promessa de um “sistema transparente de transferência de pensamentos”240. Seria essa a própria promessa de substituição da linguagem por algo ao mesmo tempo mais direto e muito mais mediado. Tanto a promessa parece não se cumprir, quanto parece que não precisamos dela.

Se aceitarmos que é a Informação que comanda, e que seríamos meros recipientes obedecendo instruções241, ou emissores, que seja, mas ainda assim somente a matéria inerte que responde a uma Informação ativa, então estaremos diminuindo nossa própria capacidade essencial de criar e pensar. Corpo, mente etc não são somente matéria inerte composta de órgãos-reflexo, são também fontes de “informação” e “ruído”.

Precisamos ir além da Informação. Além desta ideologia específica de informação, que domina tudo, que virou uma idéia hegemônica.

Podemos tentar compreender como outras culturas, tradições e experiências possuem entendimentos distintos da comunicação e das relações entre os seres.

Podemos também considerar conceitos como o de “Angelía” e a “angelética” de Rafael Capurro242, ligada à noção de mensagem.

Podemos até criar novos conceitos e entendimentos, ou reutilizar palavras existentes. Tenho pensado em Alvíssaras: boas notícias (ou notícias boas?), não necessariamente sobre acontecimentos que nos alegram, mas notícias, ou melhor, mensagens que nos apoiam politicamente, sem bombas semiológicas, sem timing pré-programado, sem dossiê de gaveta, operações psicológicas e outras armadilhas informacionais que nos forçam a adotar pautas alheias. Que viabilizem uma comunicação efetiva, no sentido mesmo da ação comum, ou comun-ic-ação, de efeitos e afetos mútuos. Que sejam diferentes da notícia-informação rival, antagonista, parasita, opressora, disruptora e disruptiva. Alvíssaras que sejam compatíveis com uma sociedade de baixa energia e alta qualidade de vida mediante uma melhor aplicação de recursos. Analogamente, uma civilização de baixa informação em relação ao que temos hoje, mas informação na medida certa para o bem viver.

21.4 Reconexão

Gostaria de retomar a noção de coreografia do texto sobre Agouritmos243, pensando aqui numa iniciativa de re-aproximação entre música, dança e tecnologias de expressão e socialização no contexto da pauperização informacional pelas Indigências Artificiais que, além de coletarem informações, também induzem comportamentos, reconfigurando não apenas o corpo como principalmente o seu movimento.

Gleick já apontara, em seu livro sobre Informação244, que

os tambores [africanos] transmitiam informações. Em suas próprias culturas, em certos casos um tambor podia ser um instrumento de sinalização, bem como o clarim e o sino, usados para transmitir um pequeno conjunto de mensagens: atacar; recuar; ir à igreja. Mas eles [europeus] jamais poderiam imaginar que os tambores falassem.

Tambores codificam informação muito antes de Morse ou Shannon terem seus insights. A dança é uma resposta ao som do tambor e, em muitos casos, também retroalimenta a execução musical nas situações de contato direto entre quem baila e quem toca a percussão.

A dança, aliás, não precisa se resumir à pessoas em pé performando movimentos rítmicos: ela não se restringe a tipicalidades e capacidades físicas específicas, é algo que arrisco dizer que possa ser feito até na condição do corpo parado, mas com a imaginação em funcionamento, com danças ocorrendo nas nossas mentes.

Quem toca um instrumento e opera tecnologias também dança de algum modo. A dança talvez seja uma espécie de tecnologia corporal, que vai além da execução de tarefas, permitindo expressão e performatividade.

A dança e a música estão para além de algo-ritmos, exceto quando são “protocolos atrofiados”245 – por exemplo quando compostas pela mera repetição e cópia de padrões impostos, tais como nas coreografias agourítmicas.

A dança, longe de ser uma manifestação puramente “emocional’ – dicotomia existente somente para quem opera este tipo de divisão –, também utiliza diversos recursos cognitivos de noção espacial e de poliritmia que podem ser entendidos dentro do esquema de agrupamentos de Piaget246: é a partir da experimentação do sistema motor que surge o pensamento abstrato, que posteriormente pode incidir de volta nas execuções motoras.

“Inteligência Artificial” é um truísmo, pois toda Inteligência é Artificial. Inteligência é um artifício de persistência e (re-)existência, numa dança de corpos-mente implicados no mundo.

Uma reconexão emancipatória entre inteligência e informação envolve novas coreografias coletivas e a valorização de outros conhecimentos. Se não posso dançar, não é minha informação.

References

Capurro, Rafael. 2003. “Angeletics: A Message Theory”. http://www.capurro.de/angeletics_zkm.html.
———. 2022. Información: Contribución a una fundamentación del concepto de información basada en la etimología y la historia de las ideas. Ápeiron Ediciones. http://www.capurro.de/info.html.
Falleiros, Nahema Nascimento. 2017. “Protocolo atrofiado e governamentalidade neoliberal: a falha da internet e sua eficácia tecnopolítica”. https://encontro.redegovernanca.net.br/encontro-anual/issue/view/edicao-01.
Glare, P. G. W. 1968. Oxford Latin Dictionary. Clarendon press.
Gleick, James. 2011. The Information: A History, a Theory, a Flood. Pantheon.
Maffei, Lamberto. 2014a. Elogio da lentidão. Edições 70.
Morin, Edgar. 2005. O Método 1. A natureza da natureza. Editora Sulina.
Peters, John Durham. 1988. “Information: Notes Toward a Critical History”. Journal of Communication Inquiry 12: 9–23. https://doi.org/10.1177/019685998801200202.
Piaget, Jean. 2003. Psychology of Intelligence. 2nd Revised edition.
Pieter Adriaans, Johan F. A. K. van Benthem. 2008. Philosophy of Information. 1º ed. Handbook of the Philosophy of Science. North Holland.
———. 2024a. “Agouritmo: Produção da Realidade Diminuída”. In Ensaios Vertiginosos, 0.0.3 ed. Publicações Vertiginosas. https://ensaios.fluxo.info/agouritmo.html.

  1. Como exemplo, as tecnologias de “Mensageria Instantânea” são nocivas na maioria das vezes. É importante desinstantaneizar a comunicação entre partes que estão distantes entre si o tanto quanto possível, deixando a comunicação instantânea para situações de emergência. Mais isso, infelizmente, tem sido uma opção para poucas pessoas. Um luxo, até. E que futuramente pode se tornar um produto de luxo, para quem possa pagar.↩︎

  2. Por exemplo em Maffei (2014a).↩︎

  3. Glare (1968) pág. 1363.↩︎

  4. “Information is what information does” / “Meaning is what meaning does” – vide Pieter Adriaans (2008), Introdução, pág. 3.. Similar ao dito de Stafford Beer sobre o propósito de uma máquina ou sistema: “o propósito de um sistema é o que ele faz”.↩︎

  5. Inefável: aquilo que não pode expresso ou ser descrito.↩︎

  6. Capítulo 14.↩︎

  7. Capurro (2022) pág. 260.↩︎

  8. Peters (1988) pág. 9.↩︎

  9. Notar que instrução é uma palavra que significa receber comandos, ao mesmo tempo usada como sinônimo para uma educação, talvez nos moldes autoritários.↩︎

  10. Capurro (2003).↩︎

  11. Rhatto (2024a).↩︎

  12. Gleick (2011) Cap. 1.↩︎

  13. Falleiros (2017).↩︎

  14. Piaget (2003).↩︎