5 Formação
Mencionar o conceito de abstração tal como discutido no Cap. ??.
Forma:
Forma, na acepção mais básica, diz respeito à aparência. Subsequentes Doutrinas das Formas deformaram esse conceito, passando de aparência superficial para modelo essencial?
Abstraiu-se uma noção de forma num conceito de forma.
“Formas” são abstrações de “Marcas”!
Forma, antes usada para denotar aparência (ou “invólucro”), passou também a indicar cada vez mais o conteúdo. Cada vez mais forma, cada vez menos conteúdo.
Forma e conteúdo: a porção de uma coisa tida por “conteúdo” vem diminuindo, e a forma cada vez ganhanho mais preponderância. Ao que antes era atribuído como conteúdo, passa a ser mais forma.
Fixação por formas finalizadas e perfeitas.
Doutrinas das Formas possivelmente inspiradas nos processos de manufatura sem logística reversa: objetos são construídos a partir de moldes. Se quebram e não são consertados, acabam para o lixo. Lixo que no futuro vira resquício arqueológico. Posteriormente emprestadas por “escolas” de pensamento como a dos pitagóricos.
Pitagorização: bases anteriores para as doutrinas das formas. Causou grande influência em Platão. Incluindo:
Pitagóricos descobrem a forma disforme, os números “irracionais” – ou não representáveis por formas “perfeitas” e “regulares”. Difícil abafar o caso.
Pitagorismo no “Vocabulário de Foucault”, Castro (2009) pág. 245.
As transições da Forma:
Forma primeiro como aparência, aspecto.
Depois cono representação.
Daí para inversão da forma enquanto representação para forma enquanto modelo.
O ciclo da forma: aparência, modelo, modelo atualizado, nova aparência, novo objeto etc.
O que era virtual passa a comandar aquilo que pode ser real.
Natureza da matéria, forma e abstração na Idade Média, Evans (1980) págs. 126-128.
Várias disciplinas, ciências, técnicas e indústrias da transformação; práticas cuja a noção de transformação é central:
Alquimia.
Química, incluindo a máxima de Lavoisier sobre as transformações e conservações. “Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”, (TODO?).
Física.
Biologia.
Informática (“Ciência da Informação”):
- Em crise, “nada se cria, tudo se copia”?
Relação da Marca com Informação: o delineamento das Formas é uma operação de marcação e (“atribuição de borda”, mais do que “edge detection”) e destaque das bordas em relação a um “fundo”/ambiente/paisagem, vide Capítulo ??.
Gilbert Simondon:
“A Individuação à Luz das Noções de Forma e de Informação”,
Simondon (2020a).
“Individuation in Light of Notions of Form and Information”,
Simondon (2020b).
“Communication et information : Cours et conférences”, Gilbert Simondon (2010).
“L’individuation à la lumière des notions de forme et d’information”, Simondon e Garelli (2005),
Bits: atomística da forma.
As doutrinas das formas e a relação entre os conceitos de “genótipo” e “fenótipo”.
Sem forma, dis-forme, não-forme, in-forme:
Aquilo que não tem forma: caos no sentido do vazio (vide notas em Rhatto (sd)).
Na tradição ocidental Judaico-Cristã: Creatio ex nihilo (Livro da Gênese): começo a partir do nada, a partir da ausência de forma, até a própria luz ser feita.
“Formless Formation: Vignettes for the End of this World”, Ruiz e Vourloumis (2021), incluindo:
- Universo sem forma, Ruiz e Vourloumis (2021) pág. 120 (grato à Alana pela recomendação).
Informação em Falleiros (2024) pág. 128.
Forma e função, incluindo:
- Cada vez mais forma, cada vez menos conteúdo: pois cada vez mais as “coisas” são tornadas lixo, descarte, inúteis.
Cada vez mais forma/lixo, cada vez menos conteúdo/função.
Informação: informa a ação: formação intensa da ação; forma-ação intensa da ação.
A história das formas não é somente a história da identificação e criação de padrões, como principalmente a história da fabricação de coisas.
Sobre a oposição entre “forma” e “conteúdo”.
Alternativa à “forma”/“tranformação”:
“Conversão”.
“Tornar”.
“Mudar”.